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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

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Artigo publicado em novembro de 2015 na revista “Expressão Livre” da cidade de São Sebastião do Paraíso (Minas Gerais).

Saúde na UTI e Educação por acontecer

O Sistema Único de Saúde (SUS) não é para todos

Prof. Nicolau Gilberto Ferraro
Valdemar, pedreiro que me ajuda na reforma de minha casa, me comunicou: “Quarta feira vou fazer uma consulta médica e não virei trabalhar...” Na quinta feira, o encontrei e perguntei: “Como foi a consulta”? Meio decepcionado, ele me respondeu: ”Cheguei ao hospital às 5h 40 min da manhã e recebi uma das 100 senhas que foram entregues. O atendimento se prolongou até à noite e minha consulta não foi realizada”.

Infelizmente, este não é um caso isolado...

Comumente, temos relatos de longas filas de espera para consultas, exames e cirurgias. Os hospitais estão superlotados e muitos deles, degradados. Nos ambulatórios, remédios estão sempre em falta e, na saúde publica em geral, o atendimento é via de regra, humilhante.

Consultei o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para saber qual a atual população brasileira e qual o número de pessoas que utilizam planos de saúde, isto é, os chamados convênios médicos – medicina privada. A resposta obtida foi: a população brasileira em 2014 ultrapassou 202 milhões de pessoas. Dados de 2013 revelam que no Brasil cerca de 25% da população têm acesso aos planos de saúde. Ou seja, têm convênios médicos aproximadamente 50 milhões de pessoas.

Isto significa que em torno de 150 milhões de almas são usuárias do SUS. Este, atua em todo território brasileiro e é constituído por instituições pertencentes a três níveis de governo: federal, estadual, municipal e, ainda, utiliza convênios com setores privados.

É inegável que a criação do SUS proporcionou à população maior acesso à saúde. Entretanto, muitos investimentos devem ser feitos para universalizar o atendimento e torná-lo de qualidade – algo que realmente almeje uma saúde para todos.

É preciso que se encontrem soluções adequadas e isso se evidencia mais ainda quando lemos as manchetes de jornais e títulos de reportagens:
“O reajuste dos planos de saúde pode atingir o dobro da inflação”.
“Cirurgias de alta complexidade e cirurgias eletivas são suspensas no Hospital São Paulo, da UNIFESP”.
“Há dois anos e meio uma aposentada espera por uma cirurgia de catarata, pois esta cirurgia não é emergencial”.
“Pacientes são atendidos nos corredores”. 

(...)

Falando de Educação: a grade curricular

No que diz respeito à Educação, é importante uma reformulação da grade curricular, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio. A nova grade deve ser simples e ao alcance de todos os professores. Cerca de 80% do conteúdo programático deve ser comum em todo território nacional e 20% ficariam a critério das especificidades de cada região. Pontos importantes são a capacitação dos professores e o uso da tecnologia permeando todo o currículo. Para casa série, deveria existir um programa pré-estabelecido de modo que o docente soubesse qual a matéria a ser trabalhada. 

Duas disciplinas deveriam ser priorizadas por serem base para as outras: Português e Matemática. Muitas vezes, temos constatado a dificuldade de o aluno entender textos e interpretar enunciados de questões. Afinal, o estudo da língua materna desenvolve as capacidades de leitura, cognitiva e de comunicação.

Por outro lado, o conhecimento básico de Matemática, além de sua importância no nosso dia a dia, desenvolve o raciocínio e, sem dúvida, uma melhor desenvoltura nessa matéria proporciona ao aluno maior facilidade no estudo de disciplinas afins. 

No que diz respeito à Física, notamos grande desinteresse e dificuldades por parte dos alunos. Uma mudança na grade curricular se impõe urgente, tornando o estudo desse assunto menos enciclopédico e mais voltado ao cotidiano dos alunos, o que permitiria que fossem mais bem compreendidas muitas questões que deparamos a todo momento.

Uma proposta para a Física

No 1º e 2º anos do ensino médio, os alunos estudariam os principais fenômenos básicos, com ênfase em atividades práticas – sempre em grupo – e aplicações tecnológicas associadas ao conteúdo estudado. Enfim, relacionar Ciência e vivência, teoria e prática, conhecimento científico e a tecnologia são fundamentais.

Uma complementação do conteúdo, envolvendo maiores detalhes, poderia ser feita no 3º ano do ensino médio para os alunos de optam por cursos de Exatas e Biológicas.

Propor uma nova grade curricular, avaliar as disciplinas que são pré-requisitos para o entendimento de outras, são tarefas em que todos nós, ligados à Educação, devemos nos envolver, sempre tendo como ponto de partida o que preconiza nossa Constituição Federal de 1988: Educação é um direito de todos e um dever do Estado. 

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